terça-feira, 22 de novembro de 2011

Resilientes do mundo todo: uni-vos!

Se eu Pudesse viver novamente minha vida,
na próxima tratariade cometer mais erros.
Não tentaria ser tão perfeito, relaxaria mais.
Seria mais tolo ainda do que tenho sido,
na verdade bem poucas coisas levaria a sério.
Seria menos higiênico.
Correria mais riscos, viajaria mais,
contemplaria mais entardeceres,
subiriamais montanhas, nadaria mais rios.
Iria a mais lugares onde nunca fui,
tomaria mais sorvete e menos lentilha,
teria mais problemas reais e menos problemas imaginários.
Eu fui uma dessas pessoas que viveu sensata e
produtivamente cada minutoda sua vida; claro que
só tive momentos de alegria.
Mas, se pudesse voltar a viver,
trataria de ter somente bons momentos.
Porque, se não sabem, disso é feito a vida,
só demomentos, não percas o agora.
Eu era um desses que nunca ia a parte alguma sem um termômetro,
uma bolsa de água quente,
um guarda chuva e um para-quedas;
se voltassea viver, viajaria mais leve.
Se eu pudesse voltar a viver, começaria a
andar descalso no começoda primavera e
continuaria assim até o fim do outono.
Daria mais voltas na minha rua,
contemplaria mais amanheceres e
brincariacom mais crianças, se
tivesse outra vez uma vida pela frente.
Mas, já viram, tenho 85 anos e
sei que estou morrendo.

JORGE LUIZ BORGES.

quarta-feira, 28 de setembro de 2011

Ícone morto

A minha proposta quando criei este blog, era falar o mínimo possível sobre mim. Assim, eu queria descrever exemplos de resiliências os quais eu tinha conhecimento.
Mas não dá pra ignorar que todos que estamos vivos somos, de alguma forma - uns mais outros menos -, resilientes. Incluo-me entre estes.
O que gostaria de registrar aqui é a morte do guitarrista e vocalista da banda paulista punk, Redson Pozzi.
Redson foi um dos pioneiros do movimento punk no Brasil e na América do Sul. Montou uma banda que foi a primeira a registrar seu som em disco de vinil. O forte da música punk são as letras. A energia que emana do som é muito envolvente. Mas as letras ajudaram-me a entender o que é realmente a sociedade e quem eu era nessa sociedade. Nessa época, em que ouvi os primeiros sons punks, eu tinha entre 17 e 18 anos. Morava em Goiânia/GO.
Desde o dia em que ouvi esses sons eu procurei algo escrito a respeito ou pessoas que tinham algo consistente a dizer sobre o punk.
Logo eu me vi cercado de literatura (livros, resvista, jornais...) e de pessoas que 'sacavam' de punk ou que eram propriamente um punk. Não demorou muito pra eu me tornar um punk.
O que mais me chamou a atenção para o movimento punk era a atitude! Diferente de outros movimentos jovens que existiram. E diferente também de muitos outros que vieram a existir depois do punk.
Um punk genuíno não se deixa enganar por conversa mole. Um punk contesta toda a forma de poder. É contra o Estado e suas instituições de controle social (política partidária, religião, polícia, família tradicional entre outros).
Eu tinha uma banda punk cujo estilo de música era o "hardcore" (casca grossa). O nome da minha primeira banda era FDR (Filhos da Realidade) e eu editava um fanzine de contestação e protestos de sigla homônima (Fanzine da Realidade).
Minha vida punk não durou mais que quatro anos. Porém o meu caráter ficou influenciado para sempre. Agradeço muito por eu ter conhecido e mergulhado no movimento punk. Vez ou outra eu vou a shows punks (gigs).
Com a morte do Redson, vi que se encerra um bom período no Brasil. Espero que o punk contiue firme e forte. É isso ae!

"PUNK'S NOT DEAD!"

domingo, 28 de agosto de 2011

Ah! Esses morangos...

Diz a lenda que um homem em meio a uma floresta rude corria. Era a sua tentativa de fuga pois corria o risco de virar presa de uns leões que o perseguia. Apesar de seus passos rápidos, os leões eram muitas vezes mais intrépidos com suas garras ao solo.
O fugitivo, de tanto que corria, não percebeu que aproximava-se de um precipício. E assim, apesar de ele ter sustado os passos, não foi o suficiente para vencer a inércia e a falta de atrito da terra solta. Ele caiu. Agarrou-se na terra e foi caindo lentamente. Houve tempo para ele agarrar-se em uma raiz que se despontava no início do paredão cujo final levava a um grande rio.
Antes de se decidir que poderia se jogar na água, ele viu uma bocarra lá em baixo. Os estalos que se fazia ouvir vinham de jacarés famintos. Eles pulavam na direção do homem. Não dava para precisar quantos eram os jacarés. Eles se confundiam uns sobre os outros, afoitos pela refeição em potencial pendurada em uma raiz de planta.
O homem mal se recuperara do susto dos jacarés, sentiu um torrão de terra cair sobre o seu chapéu vindo dos leões que o desejavam e quase se jogavam para pegá-lo.
Assim ficou esse pobre homem dependurado por uma raiz a qual poderia se quebrar a qualquer momento.
Ele poderia subir e se salvar se não fossem os leões. Assim como ele poderia se jogar no rio se não fossem os jacarés. O que fazer, então?
Esse homem, assim, olhou pra um dos lados e viu uma outra plantinha que - sabe-se lá como! - brotou lá no paredão. Mas não era só isso. Era uma fragaria que continha cachos de morangos. Sim! Belos morangos... Ah! Esses morangos... Grandes morangos bem vermelhos, bem saborosos.
Assim o homem pensou: "Se subo, os leões me atacarão. Se desço, os jacarés vão me devorar."
Assim o homem tomou sua decisão: ele comeu os morangos.

* * *

A anedota acima não é nenhuma novidade. Não foi criada por nós e nem sabemos seu autor para creditá-lo aqui. Mas ela encerra um grande ensinamento.
Na vida nos deparamos com muitos acontecimentos, alguns deles infelizes e não desejados por ninguém. Acontecem Deus sabe lá como! E modificam nossas vidas. A perda de um emprego... Um sinistro que destrói o patrimônio particular... O filho que sofre um acidente ou adoece inesperadamente... O marido ou a esposa que resolve acabar com um casamento de anos... Uma pessoa muito importante e querida que morre... E o que resta a fazer? Viver, por que não?
Sim, as perdas mencionadas acima são os leões e os jacarés da historinha contada acima. Pode acontecer conosco se nos pegarem. Isso arrebenta com as forças de qualquer um.
Assim, diante de tantas possibilidades indesejadas o que fazer? Coma os morangos!
Sim, coma os morangos!
Quando estamos em meio a dificuldades. E se essas dificuldades nos deixam sem ação para liquidá-la resta, então, comer os morangos.
Chega a parecer loucura. No momento mais improvável comer morangos. E lembrando que morangos nem são frutas tão doces assim, como o mamão, a exemplo. E até mais bonitas! Como são as lichias em cachos. Porém, o morango - há quem acredite - representa o amor ou a vida. É uma fruta vermelha e tem o formato próximo ao que se convencionaou ser um coração.
Assim, comer os morangos não é a solução dos problemas. Mas é um caminho, um tempo necessário para (quem sabe, né!?) chegar à solução, ou não.
Apesar de que coisas ruins e imprevisíveis possam acontecer na vida, não vamos deixar de comer os morangos. Pois o morango é a representação do amor e da vida!
Coma os morangos!
O nosso herói pode até morrer. Porém sua morte seria menos leve se ele, em pânico, deixasse de comer os morangos mas...



Quem sabe se os leões, muito afoitos, acabarão caindo no grande rio e, assim, devorarem os jacarés ou serem devorados por eles.

sexta-feira, 22 de julho de 2011

Eu imagino que o mais triste que possa acontecer com alguém que sofre, é ser abduzido pela própria dor. Ser abduzido é sair do contato com a terra e ficar em contato com outros. Normalmente alienígenas de difícil comunicação e convívio.
Ser abduzido pela própria dor quer dizer que a dor que se sente é tão grande, tão grande que assemelha-se com um OVNI. Igualmente grande e iluminado, mas que somenete a gente o vê. OVNI este que persegue, aproxima-se, encurra-la e adbuz... Puxa para o seu interior sua vítima. Dentro desse OVNI há seres alienígenas que vão realizar pesquisas, coletar amostras da vítima em questão. Depois de algumas horas ou dias (que no mundo "real" significam anos), esse OVNI devolve sua vítima para a crosta terrestre. E perdido e alucinado, o abduzido vai tentar se achar e achar o tempo perdido. Vai tentar a todo custo contar tudo que viu, ouviu e sentiu - quando dentro desse OVNI - mas ninguém vai acreditar. Mas há alguns motivos para se levar em conta neste caso: primeiro - o OVNI é uma criação mental do próprio abduzido. Ele é a sua própria dor que foi alimentada e cresceu até se apropriar de seu criador e tirá-lo da realidade. Segundo - da mesma maneira que nem todos acreditam em discos voadores, há aqueles que não entendem a dor alheia. Ou acham que é frescura, ou acham que é exibicionismo. Raros são aqueles que se compadecem... Terceiro - quase ninguém possui paciência ou tempo com a dor alheia. Pouquíssimos suportam o sofrimento de outrem. Aquele que não está na pele do sofredor, possui uma visão mais clara da situação e, assim, percebe melhor as saídas. Porém, aquele que sofre - embora perceba também essas saídas - não acredita nelas.
A dor faz parte de nossas vidas. Desejando-a ou não, ela aparece em nossas vidas. A dor é incontrolável entretanto o sofrimento dessa dor é uma escolha nossa. Sim! Nós escolhemos ou não sofrer a dor. Quantas dores passamos na vida e não sofremos essa dor. Mas há dores que escolhemos sofrer e que nem são tão "doloridas" assim.
Quando crianças, passamos por situações doloridas e não sofremos com essas situações. Mas, depois de adultos, certas dores são muito sofríveis por nós.
Nós escolhemos alimentar a dor com o sofrimento. E dando alimento à dor ela cresce... Cresce... E nos consome. Qual um enorme OVNI que se aproxima e nos abduz. Nos tira do mundo real e nos lança no mundo de ilusões. No qual achamos que nossa dor é a maior dor do mundo.
Sofrer ou não sofrer a dor é uma escolha que podemos fazer diariamente. Diferente é respeitar o momento da dor e deixar fluir as emoções relativas a ela.
Sofrer a dor ou superar a dor, qual é a melhor opção? Faça a sua escolha e "viva".

quarta-feira, 13 de julho de 2011

Mudando o foco sem mudar a lente

Escrever faz um bem muito grande para quem escreve e para quem lê. Imagino que para você que lê, este blog tenha alguma utilidade. Para mim, o escritor, muita coisa boa está acontecendo.
Inicialmente a proposta deste espaço era comentar casos de separações conjugais e os efeitos colaterais delas nas pessoas. Porém, ou por falta de assunto, ou por falta de estímulo nesse sentido, ou ainda por isso não fazer mais eco em mim - emocionalmente falando.
Mas, em um exercício mental fácil e em uma observação rápida ao redor, conseguimos casos de resiliência facilmente.
Há pessoas que sofreram uma perda material muito grande e hoje recuperaram-se. Há aqueles que sofreram limitação de alguma faculdade física (locomoção, visão entre outras) e se resiliniam-se, ou seja, recuperam o prazer e a alegria de viver embora a limitação física continue.
A partir de hoje, vou procurar exemplos visto e vividos para postar neste.
Espero que, assim, este espaço continue sendo útil. Para mim, que escreve, ele é de grande utilidade e prazer. Mas este blog só fará sentido ser for útil para você que o lê.

terça-feira, 28 de junho de 2011

"Um musical dos anos 40 e uma música deste século: Segredos"

EU SOU PLENAMENTE A FAVOR DO CASAMENTO. Seria muito bom se todo romance vivido nos dias de hoje fosse como um musical dos anos 40. Que tudo fosse perfeitamente sincronizado em começo, meio e fim. Mas a vida emocionalmente falando não é regular. E algumas coisas não planejadas inicialmente surgem. Entre elas, para os que se casaram, a separação...
Toda separação é dolorosa, principalmente, quando ela acontece quando, ainda, se ama a outra pessoa.
Infelizmente, não inventaram, ainda, um remédio pra dor de amor. Somente o tempo poderá apagar as marcas.
Nesses casos, sofrer é normal. Principalmente quando se vive juntos, sob o mesmo teto por muitos anos. Isso deixa marcas as quais não serão apagadas. Isso só não vai doer mais. Vai chegar um dia em serão apenas velhas cicatrizes, mas, as lembranças nunca mais sairão de sua mente. Pois, para parar de sofrer de amor não precisa estar sofrendo de Alzheimer.
Nesse caso há que se determinar a começar uma nova vida.
Mudar de casa só é apenas o começo. Se isso for complicado, procure, então trocar a mobília, em especial a do quarto, ou trocar os moveis de lugar. Isso é um paliativo por tempo determinado.
Assim, o que resta a fazer? Cuidar do que de mais valioso se tem: a vida. Cuidar dela implica, também, ter prazer. Diversão. Alegrias... Passear mais, sair à noite, ir para lugares alegres, viajar, conhecer novas pessoas e evitar lugares que possam fazer você lembrar dele(a). E - se ainda não houver condições para tal - evitar um encontro não programado.
Essas atitudes são pequenas distrações para ajudar a "sarar as feridas". E possibilitam que, conhecendo novas pessoas, você venha a encontrar um novo amor.
Nunca aceite em sua vida o medo, a culpa e a ilusão. Não fique fazendo força para estar traumatizado(a) e evitar contatos com outros(as) homens ou mulheres. Com o tempo isso tornará um aleijão e, assim, o que não existia de fato, passará a doer de verdade e será mais um problema real em sua vida.
Eu não quero ser um arauto do "mal". Logo, gostaria de deixar muito claro que eu sou a favor do casamento. Acerdito que o casamento é uma instituição que Deus deixou no mundo para que as pessoas que se unem, evoluam para a luz.
Eu fui casado duas vezes. Sou separado e divorciado. E se eu tiver a felicidade de conhecer alguém que traga em si um "(...)amor seja bom pra mim". "Eu vou até o fim" com essa mulher. (Citei Frejat e a sua música "Segredos").

quinta-feira, 16 de junho de 2011

Um blog muito interessante

Ontem eu fui apresentado a um blog muito interessante. Quem me apresentou é uma blogueira bem presente neste humilde espaço de poucas imagens, a Elizabeth Maia, a qual mantém o blog "Fruto de Vez", (veja mais em www.frutodevez.blogspot.com).
O blog que ela me apresentou é do Fabrício Carpinejar (http://carpinejar.blogspot.com/) e ele escreve sobre quase tudo. Inclusive sobre relacionamentos partidos.
Nessa temática, Carpinejar relata um fato curioso ocorrido entre um homem (Ronaldo) e uma mulher (Élida) que romperam o relacionamento e, assim, iniciaram, cada qual na sua nova vida a sós, um processo de transformação pessoal.
Ele, Ronaldo, "virou avô de si". Engordou. Criou rugas. Sua vida se transformou para pior. A casa estava abandonada, a louça empilhada na pia da cozinha, a cama sempre desarrumada. Nas palavras de Carpinejar: "Sua casa parecia invadida por um mendigo". Ronaldo não tinha mais nem ânimo para as atividades lúdicas com os amigos. Esse pobre homem tinha uma grande dificuldade com o fim do relacionamento entre ele e Élida. Como ele não conseguia pensar "em silêncio", ele enchia a ex-mullher de impropérios chegando a cuspir ao mencionar o nome dela.
Quanto a Élida, as coisas estavam bem diferentes. Com 45 anos, seu amigos e colegas de trabalho não lhe davam mais que 35 anos. Ela "virou filha de si". Emagreceu. Melhorou o visual. Os cabelos. Renovou o vestuário e seu apartamento novo ficou impecável. Tudo muito bonito! Ela passou a se encontrar com amigas nas baladas da noite. No trabalho passou a ser uma ótima funcionária. A auto-estima dela foi às núvens pelo jeito.
Carpinejar sobre essas transfomações experimentadas por Ronaldo e Élida, alerta: "Mas cuidado ao tomar partido. O que mais sofre é aquele que melhora. Tenta chamar a atenção do ex pela alegria, obcecado em provar o que ele perdeu de viver dentro do casamento."

.*o0o*.

O caso relatado acima acontece não raro com aqueles que passam por um fim de relacionamento. Não necessariamente um casamento como foi o caso de nossos atores descritos acima. Na primeira vez que eu sofri o fim do casamento, eu me enchi de medo e culpa. Fiquei mal! Porém, ao contrário do Ronaldo eu acabei emagrecendo e, pelos padrões estéticos dos dias de hoje, recebi muitos elogios de que o fim do casamento me fizera bem. Na verdade o fim do casamento me fez mal por dentro só que o reflexo, por fora, foi outro. Eu estava tristemente mais bonito.
Outro efeito que surgiu em mim foi eu ter me tornado um "workaholic" e, por isso mesmo, recebi também elogios dos meus chefes e superiores no trabalho. Eu fazia de tudo para fugir da realidade a qual eu não tinha cabeça para administrar.
Vale a pena procurar afastar de si todo e qualquer sentimento de culpa ou medo. Pois destes é que nascem outros sentimentos nocivos.

sexta-feira, 27 de maio de 2011

Namorar? Eu?...

Há um paradoxo interessante entre as pessoas que saem de um casamento. Por um lado, há aqueles que saem na rua disparando flertes para todos os lados. Topam qualquer aventura sexual. Não são poupadas as prostitutas, os travestis, as mulheres e homens carentes das "baladas", entre outros... Por outro lado, há os ex-casados que se tornam perfeitos misantropos. Se distanciam por completo de toda e qualquer manifestação social. Este normalmente se transforma num fanático "workaholic"
Na verdade - como sugere um clichê já batido: "nem tanto o céu, nem tanto o inferno" - convém que nós levemos a vida sem extremismos. Não é inteligente querer nos dias de hoje compensar um vazio emocional com o sexo. Assim como não é razoável preencher esse vazio com autopunições e privações de todos os gêneros e sem sentido.
Normalmente, quando a pessoa se encontra solteira é normal que chame a atenção para si. Pois na sociedade há aqueles gostam de se ocupar com a vida alheia. Chegam ao ponto de quererem fazer as vezes do cupido (pobre cupido...) e querem por que querem arranjar companhia para quem está sozinho.
Acontece que estar sozinho não é o mesmo de estar disponível.
A resiliência é um fenômeno que temos para nos tornar pessoas felizes. Só que isso leva um tempo. Depende da pessoa e da ferida que ficou quando da separação. Pode ser longo ou curto.
Leva tempo, inclusive, para voltar a querer sair, se relacionar e até namorar.
Se a sua ferida doi muito, lembre-se que não é perda de tempo ficar só e cuidar de si. Ficar só para curtir viagens, festas, momentos. Ficar só para realizar uma atividade filantrópica. Ficar só para iniciar uma psicoterapia. Ficar só para falar com Deus no seu templo religioso.
Mas também não é inteligente - repito - ficar todos os dias renovando a ferida emocional. Ela insiste em te dizer que já sarou e você insiste que ela está lá: sangrando e pulsando. Saia desse padrão! Viva a vida!
Por quanto tempo você vai ficar cavalgando esse leão e não vai deixar ninguém se aproximar de você? Lembre-se, a vida passa. A juventude é um sopro.
Se surge alguém que tem os predicados que você merece (veja bem "merece" e não que você "quer") por que não tentar?
Namorar é bom! E não quer dizer que namorando você já vai firmar um compromisso sério de se casar. Nada disso!
Não vale a pena a libertinagem muito menos a privação. Se você achar que não está na hora de namorar, saia por cima! Explique que a outra pessoa vai compreender. Mas, se você estiver pronto(a) para um novo relacionamento vá em frente! Curta á bessa isso! O futuro não nos pertence, se for pra ser será!

quinta-feira, 19 de maio de 2011

A homofobia que não quer calar...

Bem, gostaria de comentar hoje sobre esse aleijão da sociedade chamada homofobia. Para mim soa estranho uma pessoa que, por assurmir uma orientação sexual diferente do costume, tenha que sofrer violência física chegando até a morte. Bem, eu tenho algo a dizer sobre isso.
A homossexualidade sempre existiu na história da humanidade. Há registros que vão desde a Grécia antiga, passando pela Roma do Césares, a idade moderna até os dias de hoje. Não dá para negar que essa gente existiu.
A hipocrisia dos homofóbicos tem sua tônica no que vou descrever aqui: nos dias de hoje, vemos casais homossexuais que iniciaram um empreendimento comercial juntos (sociedade comercial), unindo as suas habilidades em uma finalidade lucrativa.
São muitos casais do mesmo sexo que abriram, por exemplo, salão de beleza e tiveram êxito e lucro. Ou se um gay consegue juntar sozinho uma fortuna e - depois - resolve se casar com alguém do mesmo sexo. E, assim, após alguns anos de convivência, morre.
A hipocrisia absurda que me referia acima é que, se um membro desse casal que morreu, sua família que o desprezou por ser gay, é a primeira a reivindicar a sucessão de todos os bens aferidos pelos gays.
E o outro que ficou? Ele não era principal detentor da sucessão? Uma vez que tinha construído o pratrimônio em conjunto com o "de cujus"? Ou foi escolhido e aceitou viver junto "até que a morte os separe".
.-*0*-.
A homofobia não existia enquanto os gays estavam submissos e escondidos. A partir do momento que eles começaram a se mostrar para socieadade - por meio das paradas gays - ela, a homofobia, tomou lugar na mídia. Destarte, acreditamos que a homofobia iniciou junto com o primeiro homossexual manifesto no mundo. Na sociedade de sua época.
Mas voltando ao assunto inicial, é fato que pessoas de bem estão morrendo nas ruas, nos viadutos, nas praças por, simplesmente, serem homossexuais assumidos. Sejam travestis ou sejam gays discretos. As pessoa que se sentem muito ofendidas pela presença de alguém "alegre" que busca seu par. Penso eu que aquele o qual tem problema com gay, na verdade, é um gay negativo. Ou seja, é uma pessoa que tem um gay dentro de si e não sabe o que fazer com ele. Daí, a melhor coisa a se fazer - PARA ELES - é agredir aqueles que resolveram assumir sua natureza gay.
Geralmente, o homofóbico é um covarde - para não dizer um "gay enrustido".
Eu quero deixar bem claro que não sou a favor da homossexualidade. Os meus ideais e os deles não se casam. A maioria dos gays são a favor do aborto induzido - do infanticídio - eu não. Mas isso, pra mim, nunca poderia justicar a homofobia. Pessoas iguais a mim e a qualquer um da sociedade morrerem por causa de sua orientação sexual. Nós coexistimos muito bem com a diversidade biológica, com a diversidade cultural. Por que não podemos coexistir bem com a diversidade sexual?
Eu já tive, em minha vida profissional, chefes homossexuais, subordinados homossexuais e colegas em mesmo nível de coordenação homossexuais. Foi uma ótima relação na qual eu pude aprender e ensinar. O meu maior tesouro foi aprender a ser mais tolerante.
Eu sou radicalmente contra a homofobia. Embora eu torça o meu nariz com relação aos homossexuais, eu digo: NÃO À HOMOFOBIA!!!

terça-feira, 17 de maio de 2011

"O disco do Pixinguinha é meu!"

Quando se vive essa fase meio amarga de separação, a gente começa a viver (ou reviver) algumas músicas. São tantas cuja tônica é esse tema! Já ouvi com um certo gosto de infortúnio as músicas: "Vento no litoral" da Legião Urbana. "Queixa" do Caetano Veloso. "Detalhes" do Roberto Carlos. Agora, uma que não quer largar de mim, qual uma ventosa grudada no vidro, é "Trocando em Miúdos" do Chico Buarque e do Francis Hime (acho que de 1978). Eu conheço inúmeras músicas desses caras mas essa está martelando um tempinho em mim.
Quando a gente sai de um relacionamento em que havia comunhão de sentimentos e de bens materiais, a vontade é largar para trás tudo. Tudo mesmo que faça-nos lembrar da(o) ex. Mas há coisas que não tem jeito! Como tirar de dentro da gente mesmo o (a) ex? É possível sim deixar tudo para trás e ficar com algo que vai nos fazer se reafirmar para os amigos, família e até mesmo para o ex-cônjuge. No caso do Chico, foi o "(...) disco do Pixinguinha, sim! O resto é seu".
Sonhos rompidos e auto-afirmações a parte, quando a gente se separa não devemos nos sentir culpados. A culpa não deve ter lugar cativo em ninguém. O que há são responsabilidades e uma grande oportunidade de auto-avaliação sobre o que deu errado. E também, claro, buscar um acordo com a outra parte para realizar uma divisão de bens justa.
É romantico e até elogiável um cara que sai da casa que ele comprou com a namorada ou esposa levando apenas a roupa do corpo, o disco do Pixinguinha e a sua cédula de identidade. Porém é bom não ouvidar de que a vida é dura! De que a história não acaba aí. Depois desse dia virão outros dias. Você que sai assim vai morar aonde? Vai vestir o quê? Se alimentar de quê? Como você vai se apresentar ao trabalho? E os compromissos assumidos anteriormente?
Se tem a casa da mãe para se abrigar, principalmente se a mãe é aquela que deixou o quarto do filho que casou-se arrumado mas do mesmo jeito que ele deixou, isso não é ruim. Mas e se não tem?
Faça acordo com o ex-cônjuge. Faça uma partilha justa e procure que seja consensual. Pois recorrer ao Poder Judiciário só demorará e deixará a separação mais demorada, complicada, aflitiva, sofrida e bem mais cara.
Converse com seu (sua) ex e coloquem  num papel como será a partilha. Assinem cerrando o acordo e executem a vontade de ambos. Se for o caso, procure até um cartório e registre esse instrumento particular feito pelos dois. A fase é difícil mas não ignore isso de precisar dos bens ou hoje, ou amanhã ou ano que vem... Por que a vida não acabou. Haverá uma sucessão de dias em sua vida. Acredite!
Ouça as músicas do momento do adeus. Chore. Converse com um(a) amigo(a) de verdade. Escancare o peito...
Mas lembre-se: XÔ CULPA! Pra bem longe daqui!

domingo, 8 de maio de 2011

"Meu querido diário..."

Uma das atitudes que faz bem tomar quando a gente sofre um baque emocional é escrever. Escrever sem se preocupar se alguém vai ler. Digitando ou tomando de uma caneta ou lápis e por pra fora tudo! Cuidando para não fazer ameaças e nem ofender a honra nem a moral de ninguém (inclusive a sua própria).
É uma terapia interessante. Parace, a princípio, que não vai fazer efeito nenhum. Mas, com o passar dos dias, se se fizer disso um exercício diário, muita coisa dentro da cabeça e do coração muda.
Acaso seus escritos sejam publicados - como num blog, a exemplo,- mude os nomes utilizados. Se você sentir necessidade de falar do seu ex-cônjuge, arrume um apelido para ele. Isso vai garantir a sua segurança e a dele(a).
Se você tiver alguma mágoa ou raiva em relação ao seu ex afeto, escreva bem claro que você perdoa essa pessoa por ter feito "isso, isso e aquilo" contra você. E se você teve culpa do rompimento do relacionamento, peça desculpas. Mostre por palavras o quão você está arrependido(a). Neste caso, é muito bom se você se perdoar antes de pedir desculpas. A culpa só leva a gente pra um lugar: o buraco.
Aprender com os erros é uma atitude inteligente. Usar os erros para crucificar-se na madeira da culpa não é nada inteligente. Daí o comentário anterior, é se jogar num buraco emocional sem volta!
Na minha primeira separação eu escrevi também. E muito! Eu comprei um caderninho de umas cem folhas e as preenchi e dei pra uma amiga. Não sei o paradeiro dela nem do caderno.
Em meus manuscritos, eu fiz exatamente isso, pedi desculpas pelas minha atitudes infelizes e perdoei a Nana (apelido que eu coloquei nela) por tudo de ruim que ela me fez passar. E escrevi também que dentro de seis meses eu estaria curado de todas essas dores emocionais que eu vinha sentido. Gente, parece que foi mágica! Em seis meses após eu ter escrito isso eu já estava livre das amarras da dor e  namorando sério.
Escrever sem se importar se alguém ou quem irá ler é muito bom. Mas é bom tomar as devidas precauções para não se arrepender ou passar por constrangimentos no futuro.
Novamente eu estou aqui, escrevendo esse blog para passar bem por esse difícil momento de separação conjugal. Isso ajuda na resiliência que há em cada um de nós. Acredite!

quarta-feira, 4 de maio de 2011

Muita "FÉ" nessa hora!

Geralmente quando a gente está envolvido em uma separação, acontecem dois fenômenos interessantes: a gente procura fazer coisas novas, que não fazia antes ou abandona as coisas que já vinha fazendo. Principalmente as coisas que se fazia a dois.
Quando eu falo "coisas" é no sentido de voluntariado e genérico mesmo. Tais como: Atividade partidária, acadêmica, culturais, esporte, hobby e religião.
Há coisderações sobre isso que quero tecer aqui. Não adianta se revoltar por que houve uma separação conjugal e abandonar tudo. Ainda mais quando na atividade que se fazia a dois, há a possibilidade de encontrar o ex-cônjuge. Seja nas reuniões, seja na execução em si, nos ensaios, preparativos... É duro? É! Principalmente quando se trata de um caso mal resolvido ou "mal terminado", como queiram.
Continuar e mostrar "profissionalismo" é algo essencial! Mostrar sua grandeza em não abandonar aquilo que voluntariamente você se propôs a fazer, é louvável! Se for um projeto que você sabe que terá fim. Tente ir até o fim. Agora se é algo que você assumiu mas não tem fim. Procure seguir. Mude, talvez, seu papel nessa atividade mas continue. Lembre-se, ocupe sua cabeça, seu corpo, seu coração. Se você desistir, o sentimento de frustração só vai aumentar. Dome seus maus sentimentos  - se eles existirem - em relação ao ex-cônjuge. Tente trabalhar seu ciúme, tente minimizar a inveja, tente apaziguar a violência (física ou psicológica) que você poderá desferir contra seu ex-cônjuge.
O outro fenômeno que eu citei acima é o de a pessoa que passa por uma recente separação começar a fazer coisas que nunca tinha feito antes. Há umas perguntinhas muito legais nessa hora: "o que eu quero fazer vai ser útil para mim?" "O que eu quero realizar vai ser útil para alguém?" "Aquilo ao qual eu quero fazer parte, vai afetar negativamente a minha imagem e minha honra?"
Como sou homem, é natural que eu fale de experiências que já vi vividas por amigos homens que passaram por separação conjugal. Eu tenho um amigo de 40 anos que, ao se separar, começou a sair com pessoas de menos de 20 anos. E se envolvia com eles como se fosse um deles. Por fim se relacionou sexualmente com uma menor e quase se deu mal por isso.
Outra experiência que cito é sobre a Fé (daí no nosso título!). Eu aconselho a todos que já tinha uma religião que continuem praticando. Se for pra mudar de templo religioso, que faça. Mas não deixe de praticar a religião de acordo com os preceitos dela.
Para aqueles que nunca tiveram uma, aconselho a busca. Existem inúmeras religiões! Cristãs e não cristãs. Com rituais e sem rituais. Discretas e ultrapopulares. Sérias e descontraídas. Com dogmas e sem símbolos. Escolha uma, te garanto que não vai doer. Mas escolha uma que tem a ver com seus valores pessoais. Com sua ética e que não vá violentar sua consciência.

segunda-feira, 2 de maio de 2011

Aparência em evidência

Quando ocorre uma separação conjugal, a gente fica arrasado. Normal até aqui. Mas uma coisa que me chama a atenção é o fato de as pessoas envolvidas nesse, digamos "litígio emocional", quererem se mostrarem ao outro (ex-companheira) que deram a volta por cima. Que estão melhores agora do que antes.
Fato é que, nesses momentos, ocorrem a famosa recaída! De tão atraentes se tornam os recém-separados que acabam "ficando" após um reencontro. Também devemos levar em conta a saudade, quando é um caso mal resolvido.
Mas informo que isso só piora a situação. É melhor deixar às claras: vão voltar o casamento? Ótimo! Se não, isso é perda de tempo. É assumir dependência emocional com alguém que pertenceu ao seu passado.
É necessário deixar claro aqui. Não estou fazendo apologia nenhuma ao cinismo nem ao desprezo. Quando encontrar alguém que já foi do seu passado, por mais mal resolvida seja a separação, procure ser educado. Ou, no mínimo, urbano. Ninguém perde por ser fino e cordial com os outros.

Um mês dos casamentos

No mês dedicado aos casamentos. Ou às noivas, como possam preferir. Acontece minha segunda separação. Este mês, tradicionalmente fazem-se muitos casamentos. Acredita-se que seja por imposição da Igreja Católica no velho mundo, pois maio também é o mês dedicado às mães que é o mês da consagração de Maria, a mãe de Jesus Cristo. E há quem acredite que nesse mesmo velho mundo, maio é um mês da plenitude da primavera. Casamentos e flores combinam!
Mas a separação... É algo ruim mesmo. A sensação mais próxima - penso eu - é de uma doença incurável mal diagnósticada. Eu já fui vítima de um "equivoco" médico e passei alguns dias achando que estava doente.
Doença mal diagnosticada? Por que? Bem, fica aquela sensação de "será se sim?" ou "será se não?" Enquanto o exame confirmatório não sai, essas perguntas vão martelando em nossas cabeças: "Sim..." "Não..."
Pois bem meus caros, no início a separação conjugal é bem isso. Você sabe que está separando mas às vezes não acredita que isso vai acontecer de fato. Você está morando em outro lugar, sozinho(a), com amigo(a) ou com seus familiares mas sempre tem aquela sensação da volta.
Mas é fato que o diagnóstico errado tem de ser corrigido. E o seu casamento restaurado. Ou não.