quinta-feira, 19 de maio de 2011

A homofobia que não quer calar...

Bem, gostaria de comentar hoje sobre esse aleijão da sociedade chamada homofobia. Para mim soa estranho uma pessoa que, por assurmir uma orientação sexual diferente do costume, tenha que sofrer violência física chegando até a morte. Bem, eu tenho algo a dizer sobre isso.
A homossexualidade sempre existiu na história da humanidade. Há registros que vão desde a Grécia antiga, passando pela Roma do Césares, a idade moderna até os dias de hoje. Não dá para negar que essa gente existiu.
A hipocrisia dos homofóbicos tem sua tônica no que vou descrever aqui: nos dias de hoje, vemos casais homossexuais que iniciaram um empreendimento comercial juntos (sociedade comercial), unindo as suas habilidades em uma finalidade lucrativa.
São muitos casais do mesmo sexo que abriram, por exemplo, salão de beleza e tiveram êxito e lucro. Ou se um gay consegue juntar sozinho uma fortuna e - depois - resolve se casar com alguém do mesmo sexo. E, assim, após alguns anos de convivência, morre.
A hipocrisia absurda que me referia acima é que, se um membro desse casal que morreu, sua família que o desprezou por ser gay, é a primeira a reivindicar a sucessão de todos os bens aferidos pelos gays.
E o outro que ficou? Ele não era principal detentor da sucessão? Uma vez que tinha construído o pratrimônio em conjunto com o "de cujus"? Ou foi escolhido e aceitou viver junto "até que a morte os separe".
.-*0*-.
A homofobia não existia enquanto os gays estavam submissos e escondidos. A partir do momento que eles começaram a se mostrar para socieadade - por meio das paradas gays - ela, a homofobia, tomou lugar na mídia. Destarte, acreditamos que a homofobia iniciou junto com o primeiro homossexual manifesto no mundo. Na sociedade de sua época.
Mas voltando ao assunto inicial, é fato que pessoas de bem estão morrendo nas ruas, nos viadutos, nas praças por, simplesmente, serem homossexuais assumidos. Sejam travestis ou sejam gays discretos. As pessoa que se sentem muito ofendidas pela presença de alguém "alegre" que busca seu par. Penso eu que aquele o qual tem problema com gay, na verdade, é um gay negativo. Ou seja, é uma pessoa que tem um gay dentro de si e não sabe o que fazer com ele. Daí, a melhor coisa a se fazer - PARA ELES - é agredir aqueles que resolveram assumir sua natureza gay.
Geralmente, o homofóbico é um covarde - para não dizer um "gay enrustido".
Eu quero deixar bem claro que não sou a favor da homossexualidade. Os meus ideais e os deles não se casam. A maioria dos gays são a favor do aborto induzido - do infanticídio - eu não. Mas isso, pra mim, nunca poderia justicar a homofobia. Pessoas iguais a mim e a qualquer um da sociedade morrerem por causa de sua orientação sexual. Nós coexistimos muito bem com a diversidade biológica, com a diversidade cultural. Por que não podemos coexistir bem com a diversidade sexual?
Eu já tive, em minha vida profissional, chefes homossexuais, subordinados homossexuais e colegas em mesmo nível de coordenação homossexuais. Foi uma ótima relação na qual eu pude aprender e ensinar. O meu maior tesouro foi aprender a ser mais tolerante.
Eu sou radicalmente contra a homofobia. Embora eu torça o meu nariz com relação aos homossexuais, eu digo: NÃO À HOMOFOBIA!!!

terça-feira, 17 de maio de 2011

"O disco do Pixinguinha é meu!"

Quando se vive essa fase meio amarga de separação, a gente começa a viver (ou reviver) algumas músicas. São tantas cuja tônica é esse tema! Já ouvi com um certo gosto de infortúnio as músicas: "Vento no litoral" da Legião Urbana. "Queixa" do Caetano Veloso. "Detalhes" do Roberto Carlos. Agora, uma que não quer largar de mim, qual uma ventosa grudada no vidro, é "Trocando em Miúdos" do Chico Buarque e do Francis Hime (acho que de 1978). Eu conheço inúmeras músicas desses caras mas essa está martelando um tempinho em mim.
Quando a gente sai de um relacionamento em que havia comunhão de sentimentos e de bens materiais, a vontade é largar para trás tudo. Tudo mesmo que faça-nos lembrar da(o) ex. Mas há coisas que não tem jeito! Como tirar de dentro da gente mesmo o (a) ex? É possível sim deixar tudo para trás e ficar com algo que vai nos fazer se reafirmar para os amigos, família e até mesmo para o ex-cônjuge. No caso do Chico, foi o "(...) disco do Pixinguinha, sim! O resto é seu".
Sonhos rompidos e auto-afirmações a parte, quando a gente se separa não devemos nos sentir culpados. A culpa não deve ter lugar cativo em ninguém. O que há são responsabilidades e uma grande oportunidade de auto-avaliação sobre o que deu errado. E também, claro, buscar um acordo com a outra parte para realizar uma divisão de bens justa.
É romantico e até elogiável um cara que sai da casa que ele comprou com a namorada ou esposa levando apenas a roupa do corpo, o disco do Pixinguinha e a sua cédula de identidade. Porém é bom não ouvidar de que a vida é dura! De que a história não acaba aí. Depois desse dia virão outros dias. Você que sai assim vai morar aonde? Vai vestir o quê? Se alimentar de quê? Como você vai se apresentar ao trabalho? E os compromissos assumidos anteriormente?
Se tem a casa da mãe para se abrigar, principalmente se a mãe é aquela que deixou o quarto do filho que casou-se arrumado mas do mesmo jeito que ele deixou, isso não é ruim. Mas e se não tem?
Faça acordo com o ex-cônjuge. Faça uma partilha justa e procure que seja consensual. Pois recorrer ao Poder Judiciário só demorará e deixará a separação mais demorada, complicada, aflitiva, sofrida e bem mais cara.
Converse com seu (sua) ex e coloquem  num papel como será a partilha. Assinem cerrando o acordo e executem a vontade de ambos. Se for o caso, procure até um cartório e registre esse instrumento particular feito pelos dois. A fase é difícil mas não ignore isso de precisar dos bens ou hoje, ou amanhã ou ano que vem... Por que a vida não acabou. Haverá uma sucessão de dias em sua vida. Acredite!
Ouça as músicas do momento do adeus. Chore. Converse com um(a) amigo(a) de verdade. Escancare o peito...
Mas lembre-se: XÔ CULPA! Pra bem longe daqui!